domingo, 1 de dezembro de 2013

Deixar ir




“amar é saber a hora certa de deixar o outro ir, por que se alguém não quer estar em um lugar, esse alguém não estará. Será apenas uma casca vazia de algo que um dia me completou, preenchida com meus desejos misturados com tristeza e dor por não ter força suficiente para deixar ir, alguém que não está mais aqui”


Nada dura para sempre, nada permanece paralisado em um mundo onde o tempo nunca para. As pessoas vão embora enquanto outras surgem, novos ferimentos encontram a alma enquanto outros cicatrizam. Tudo muda.
Hoje eu não sou a pessoa que fui ontem e amanhã eu não serei quem eu sou hoje por que nada para, nada se cristaliza. Por isso eu nunca terei algo que me complete e nunca poderei completar alguém para sempre, porque sempre surgem novas ausências a serem preenchidas, sempre surgem novas necessidades.
A arte de amar talvez não se encontre em tentar permanecer o mesmo para que o amor não se acabe e para que nada mude, mas sim em mudar junto e tentar seguir pelo mesmo caminho enquanto eles ainda estiverem em sincronia. E se um dia esse caminho se distanciar a ponto de impedir que a outra pessoa brilhe a resposta está em uma das maiores provas de amor que existe, a de deixar ir, pois amar é saber a hora certa de deixar o outro ir, por que se alguém não quer estar em um lugar, esse alguém não estará. Será apenas uma casca vazia de algo que um dia me completou, preenchida com meus desejos misturados com tristeza e dor por não ter força suficiente para deixar ir, alguém que não está mais aqui.

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